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Quebra-Molas: Por Que Esse Sistema Não é Adotado em Outros Países?

Quem nunca se deparou com um quebra-molas (ou lombada) em uma rua ou estrada brasileira?

Esse obstáculo, tão comum em nosso país, é motivo de polêmica e divide opiniões: para uns, é uma ferramenta essencial para garantir a segurança no trânsito; para outros, é um transtorno que danifica os veículos e prejudica a fluidez do tráfego.

Mas uma pergunta que muitos fazem é: por que não tem quebra-molas em outros países? Ou melhor, por que em outros países o quebra-molas, da forma como conhecemos, é tão raro?

Vamos explorar as razões pelas quais o quebra-molas é uma solução tão peculiar do Brasil, analisando as alternativas utilizadas em outros países, a legislação brasileira sobre o tema e os impactos desse dispositivo na segurança viária e na mecânica dos veículos.

Quebra-Molas: Uma Solução Brasileira?

O quebra-molas, também conhecido como lombada física ou ondulação transversal, é um dispositivo físico instalado na via para forçar a redução da velocidade dos veículos.

No Brasil, ele é amplamente utilizado em áreas urbanas e rodovias, especialmente em locais com grande fluxo de pedestres, escolas, hospitais e áreas residenciais.

A “Popularidade” do Quebra-Molas no Brasil:

  • Baixo Custo: A instalação de um quebra-molas é relativamente barata e simples, se comparada a outras soluções de controle de velocidade.
  • Facilidade de Implementação: Não exige grandes obras ou tecnologias complexas.
  • Eficácia Imediata: Reduz a velocidade dos veículos de forma imediata e compulsória.
  • Falta de Alternativas (em alguns casos): Em muitos locais, a falta de fiscalização eletrônica e de outras soluções de engenharia de tráfego leva à adoção do quebra-molas como única alternativa.
  • Cultura do “Jeitinho”: Em alguns casos, a instalação de quebra-molas é feita de forma irregular, sem estudos técnicos ou autorização dos órgãos competentes, apenas para atender a demandas pontuais da comunidade.

O Que Diz a Lei Sobre Quebra-Molas?

No Brasil, a instalação de quebra-molas é regulamentada pelo Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN). A Resolução CONTRAN nº 600/2016 (e suas atualizações) estabelece os critérios e os padrões para a instalação de ondulações transversais (nome técnico do quebra-molas) em vias públicas.

Principais Pontos da Resolução:

  • Tipos de Ondulações Transversais: A resolução define dois tipos de ondulações transversais:
    • Tipo A: Pode ser utilizada em vias urbanas locais, coletoras, e em vias rurais (estradas), com velocidade máxima permitida de até 30 km/h.
    • Tipo B: Pode ser utilizada somente em áreas de grande utilização de pedestres, como em escolas, hospitais, e etc., onde a velocidade máxima permitida é de 20 km/h.
  • Dimensões: A resolução estabelece dimensões específicas para os quebra-molas, como largura, altura e comprimento, que variam de acordo com o tipo de via e a velocidade máxima permitida.
  • Sinalização: A instalação de quebra-molas deve ser acompanhada de sinalização vertical e horizontal adequada, alertando os motoristas sobre a presença do obstáculo.
  • Autorização Prévia: A instalação de quebra-molas só pode ser feita com autorização prévia do órgão de trânsito com circunscrição sobre a via.
  • Estudo Técnico: A instalação deve ser precedida de um estudo técnico que justifique a necessidade do dispositivo e que demonstre que outras alternativas de engenharia de tráfego foram esgotadas.

Quebra-Molas Irregulares:

Infelizmente, é comum encontrar quebra-molas fora do padrão no Brasil, instalados sem autorização ou sem seguir as especificações da resolução do CONTRAN.

Esses quebra-molas irregulares podem causar danos aos veículos, aumentar o risco de acidentes e gerar transtornos para os motoristas.

O Que Fazer ao Encontrar um Quebra-Molas Irregular:

  • Denunciar: Você pode denunciar a existência de quebra-molas irregulares ao órgão de trânsito responsável pela via (prefeitura, DER, DNIT, etc.).
  • Solicitar a Remoção ou Adequação: Você pode solicitar a remoção ou a adequação do quebra-molas aos padrões estabelecidos pelo CONTRAN.

Os Problemas Causados por Quebra-Molas

Embora tenham como objetivo aumentar a segurança no trânsito, os quebra-molas, especialmente quando mal projetados ou em excesso, podem causar diversos problemas:

  • Danos aos Veículos: Impactos repetidos em quebra-molas, principalmente em alta velocidade ou com o veículo carregado, podem danificar a suspensão, os amortecedores, os pneus, as rodas e até mesmo o chassi do carro.
  • Desconforto para os Ocupantes: Passar por quebra-molas constantemente causa desconforto para os motoristas e passageiros, especialmente em viagens longas.
  • Aumento do Ruído: O impacto dos veículos nos quebra-molas gera ruído, que pode incomodar os moradores das proximidades.
  • Aumento do Consumo de Combustível: A necessidade de frear e acelerar constantemente para transpor os quebra-molas aumenta o consumo de combustível.
  • Aumento da Emissão de Poluentes: O aumento do consumo de combustível e as constantes acelerações e frenagens contribuem para o aumento da emissão de poluentes.
  • Dificuldade para Veículos de Emergência: Quebra-molas podem atrasar o deslocamento de ambulâncias, viaturas policiais e carros de bombeiros em situações de emergência.
  • Desgaste de Componentes: Molas, amortecedores e pneus sofrem com os constantes impactos, tendo sua vida útil reduzida.

Alternativas ao Quebra-Molas: Soluções de Tráfego Utilizadas em Outros Países

Em muitos países desenvolvidos, a utilização de quebra-molas é restrita ou até mesmo inexistente.

Em vez disso, esses países adotam outras soluções de engenharia de tráfego e fiscalização eletrônica para controlar a velocidade e garantir a segurança nas vias.

Veja algumas alternativas:

  • Lombada Eletrônica (Radar com Display): Mostra a velocidade do veículo em um painel digital. É uma forma de fiscalização mais educativa e menos agressiva do que o quebra-molas.
  • Radares de Velocidade: Fiscalizam a velocidade dos veículos de forma eletrônica, aplicando multas aos infratores.
  • Redutores de Velocidade com Sinalização Avançada: Utilizam placas de sinalização, pintura no asfalto e outros elementos visuais para alertar os motoristas sobre a necessidade de reduzir a velocidade.
  • Chicanas: São desvios propositais na pista, que obrigam os motoristas a reduzir a velocidade para contorná-los.
  • Rotatórias: Em vez de cruzamentos com semáforos, as rotatórias reduzem a velocidade e organizam o fluxo de veículos.
  • Traffics Calming: Conjunto de medidas que visam reduzir a velocidade e o volume de tráfego em áreas residenciais, como ruas estreitas, curvas suaves, áreas de pedestres elevadas e uso de paisagismo.
  • Radares Inteligentes: Tecnologia que permite identificar a placa do veículo infrator e enviar a multa automaticamente.
  • Avanços na Sinalização: Utilização de sinalização mais clara, eficiente e informativa, com placas maiores, pintura de faixas zebradas e outros elementos que chamam a atenção dos motoristas.
  • Educação no Trânsito: Investimento em campanhas de educação e conscientização para motoristas e pedestres, visando um comportamento mais seguro no trânsito.

Por Que Essas Alternativas Funcionam Melhor?

As alternativas ao quebra-molas utilizadas em outros países apresentam diversas vantagens em relação à lombada física:

  • Menos Danos aos Veículos: Não causam impactos na suspensão, nos pneus e em outros componentes do veículo.
  • Maior Fluidez do Tráfego: Não obrigam os motoristas a frear bruscamente e a acelerar novamente, o que melhora o fluxo do trânsito e reduz o consumo de combustível.
  • Mais Conforto para os Ocupantes: Proporcionam uma condução mais suave e confortável, sem os solavancos causados pelos quebra-molas.
  • Menor Poluição Sonora e do Ar: Reduzem o ruído e a emissão de poluentes, pois evitam as constantes frenagens e acelerações.
  • Não Dificultam o Trânsito de Veículos de Emergência: Ambulâncias, viaturas policiais e carros de bombeiros não precisam reduzir drasticamente a velocidade para transpor esses obstáculos.
  • Maior Eficiência na Fiscalização: Os radares e a lombada eletrônica permitem uma fiscalização mais eficiente e abrangente, coibindo o excesso de velocidade de forma mais justa e educativa.

O Futuro da Mobilidade Urbana no Brasil: Menos Quebra-Molas, Mais Inteligência

A discussão sobre o uso excessivo de quebra-molas no Brasil é antiga e complexa. Embora a lombada física possa ser uma solução em casos muito específicos, é preciso reconhecer que existem alternativas mais modernas, eficientes e menos prejudiciais para o trânsito e para os veículos.

O futuro da mobilidade urbana no Brasil passa por:

  • Investimento em Tecnologia: Ampliação do uso de radares inteligentes, lombadas eletrônicas e outros sistemas de fiscalização eletrônica.
  • Melhoria da Sinalização: Adoção de sinalização mais clara, eficiente e informativa, que oriente e alerte os motoristas sobre os limites de velocidade e os perigos da via.
  • Projetos de Engenharia de Tráfego: Implementação de projetos de traffic calming e outras soluções de engenharia de tráfego que reduzam a velocidade de forma natural e segura, sem a necessidade de quebra-molas.
  • Educação e Conscientização: Investimento em campanhas de educação e conscientização para motoristas e pedestres, visando um comportamento mais seguro e responsável no trânsito.
  • Planejamento Urbano: Cidades mais bem planejadas, com vias mais seguras e infraestrutura adequada para pedestres e ciclistas, também contribuem para a redução da necessidade de quebra-molas.

Consulta Veicular: Segurança na Compra, Independente do Tipo de Via

Independente de quantos quebra-molas ou radares existam nas ruas, a consulta veicular é uma ferramenta fundamental para quem está pensando em comprar um carro usado.

Por que a Consulta Veicular é Importante:

Mesmo que você esteja comprando um carro que teoricamente não sofreu com quebra-molas (por ter rodado em cidades com outras soluções de tráfego), a consulta veicular é essencial.

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Conclusão: Quebra-Molas em Declínio? Um Olhar para o Futuro

O quebra-molas, ou lombada física, é um dispositivo de controle de velocidade amplamente utilizado no Brasil, mas que gera controvérsias e encontra pouca adesão em outros países.

Embora possa ser uma solução em casos específicos, o quebra-molas apresenta desvantagens que afetam a fluidez do tráfego, o conforto dos ocupantes, a durabilidade dos veículos e o meio ambiente.

A tendência mundial é a adoção de soluções mais modernas e eficientes para a segurança viária, como a fiscalização eletrônica (radares inteligentes, lombadas eletrônicas), o traffic calming e a educação no trânsito.

No Brasil, o debate sobre o uso excessivo de quebra-molas e a busca por alternativas mais inteligentes precisa ser intensificado.

Investir em tecnologia, em projetos de engenharia de tráfego bem elaborados e, principalmente, em educação e conscientização dos motoristas é o caminho para construir um trânsito mais seguro, eficiente e agradável para todos, com menos quebra-molas e mais respeito às leis e à vida.